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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010



Assim que deitei na cama, me bateu uma vontade fora do normal de chorar e eu sequer tinha um motivo em mente. Não fazia ideia do que me angustiava então.. Chorei pela TPM que passou, pelo sorvete que acabou bem na hora que eu queria tomar, pelos amores perdidos e quem sabe, até pela fome do mundo. Todo o meu corpo doía. Eu tinha sono, mas não conseguia dormir. Quando parei de não pensar em nada, quando resolvi tumultuar minha mente vazia, fez até eco. E senti uma solidão danada, sabe? Daquele tipo que você fica desorientada e ninguém entende nada. Afinal, estou sempre rodeada por pessoas incríveis, por que diabos um bicho desses me morde?

Já falei do quanto tenho medo de depressão? As pessoas sempre são lembradas por olheiras, remédios, pessimismo e eterno desconforto. Tenho vergonha de parecer triste demais, infeliz demais, por isso, vivo me fechando numa eterna bolha. Onde vivo de maneira amigável com os meus pensamentos. Tenho medo da vida. Tenho medo de ser feliz demais e não saber lidar com tantos sorrisos. Tenho medo do primeiro beijo e da dor, que não é a primeira, mas pode ser mais dolorosa do que a última vez. Medo da empolgação exagerada com a novidade. Medo do fim da empolgação que eu vou achar que era amor e por isso, vou me doar mais o que o necessário.

Não dou a mínima por não pertencer a ninguém, mas não vejo à hora de encontrar um cobertor de orelha fixo, desses que faz com que pareça que lugar nenhum do mundo é igual ao abraço daquela pessoa. O tipo de abraço que mantem a gente protegida como uma criança indefesa, sabe?

Tenho saudade de cada beijo sincero, sem pressa pra nada, que só é trocado por mãos quentes que parecem estar no automático quando se tem um amor. Preciso falar o quanto ficamos radiantes e confiantes? Nossa pele fica mais bonita, nosso cabelo até parece colaborar mais. Tomamos banho sem pressa, cantamos no chuveiro, cuidamos mais da gente! E é nessas horas que me pergunto: Onde guardamos toda essa vontade de viver quando o amor acaba ou enquanto ele não chega?

Insistimos em ser apenas metade, como se precisássemos constantemente de alguém ao nosso lado. Acredito que seja óbvio que é impossível ser feliz sozinho, mas não devemos fazer disso uma necessidade. Não devemos nos considerar incompletos, culpados ou muito menos, pressionados por não acharmos o amor de nossas vidas. O dia de amanhã só é o mais inesperado por que não chegou ainda. O mistério que ele exala, que faz com que a gente se mantenha sempre atento ao novo e siga em frente.

3 comentários:

Gabriela S. * disse...

Adorei a postagem,seu blog ta cada vez mais lindo.é verdade as pessoas acham que devem ter alguém ao seu lado por puro ego as vezes.Mas não as vezes a melhor comania somos nós msm.
Parabéns beijos e sucesso

Nathy Ferreira disse...

adorei o texto! concordo quando diz que somos apenas metade quando nao estamos amando, mas preciso deixar bem claro que não somos nada quando nao nos amam. O amor é uma eterna hiperbole sempre seremos efusivos demais enquanto ele caminhar ao nosso lado, mas ser efusivo é o bom da vida. Rir demais, chorar demais, abraçar demais e viver demai.

... disse...

Belíssima postagem, muito bem escrita. Concordo plenamente com cada coisa qeu escreveu. Achei seu blog, felizmente, por acaso. Adorei! Li quase todas as postagens rs. Beijos.