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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010



Por dar o meu melhor em casa pseudo-relacionamento, não canso de procurar alguém que faça o mesmo por mim. Mas no final das contas, percebo que comprei o tamanho errado ou emagreci e aquele já não é mais meu número há anos. E não canso de ser essa menina boba que não sabe escolher e acaba comprando só quem vem com aquelas letrinhas minúsculas dizendo: “Cuidado. O uso excessivo pode causar dependência”. E não deixa de ser verdade. Mas na hora de sair, apresentar pros amigos e até mesmo pra família, a novidade que você não enjoa nunca de elogiar e contar vantagem por aí, você descobre um defeito. Descobre um furo, uma linha querendo descosturar e o pior, descobre que cedeu demais, e já não te serve como antes.

O que fazer quando as coisas saem do controle? Não é tão simples sair e encontrar algo que te sirva tão bem assim. Tem que esperar o coração virar e a coleção nova chegar, na eterna esperança da novidade sem validade. Não quero ter que usar moletons, muito menos, viver com roupas antigas só pra passar o tempo, tendo sempre medo de me acomodar com a situação. Não quero me apegar a roupas passageiras, sem cara de futuro. Em compensação, detesto a sensação de perda. Quando nossos objetos ou pessoas preferidas se perdem por aí, é como se tivéssemos o próprio buraco da camada de ozônio dentro do peito.

Todos nós temos uma roupa preferida. Dessas por mais que não caiba ou não venha mais ao caso usar, guardamos com um carinho especial. Não damos, não emprestamos, muito menos, dividimos. São roupas, donas de um caimento especial e com o eterno cheiro de recém compradas. Mesmo depois de tantas lavagens, mesmo ficando poída entre as pernas, não deixa de ser a preferida.

http://www.youtube.com/watch?v=lpcritmrQVQ (Só avançar pro 4:20. Parte digna!)

3 comentários:

Anônimo disse...

caraca vc esta de parabens, escreve muito bem adorei suas postagens queria muito saber escrever como vc(não é inveja)!
continue sempre assim um grande abraço fique com Deus.


doouglascaetano@yahoo.com.br

Camila Paier disse...

Olá flor! Adoreeei o texto e as figuras de linguagem que usaste. Muito inteligente! Hahaha
Tenho duas ou três roupas preferidas; o resto do meu armário já me desfiz há algum tempo e sinto cheiro de coleção nova chegando por aqui..hahaha beijãao

... disse...

Ótimo texto, a comparação foi muito bem feita.
Nada como aquele casaco de moletom que sempre veste tão bem. Nada como aquela roupa de grife, que pode não ser a mais confortável, mas é a mais bonita, a que chama mais atenção, a mais cobiçada.
Não seria ótimo se existisse uma roupa que se adaptasse, se moldasse, de acordo com nossas necessidades? Uma roupa que engordasse quando nós engordássemos e crescesse junto com a gente? Acho que é pedir demais. rs
Beijos.