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quarta-feira, 30 de junho de 2010



Ando (re)conhecendo vários tipos de homens que estão ao meu redor. O cara mais novo que passou pra faculdade e vai ter que sair de casa, e largar a famlia e a namorada de anos para seguir seus sonhos. E nem por isso, dói. Ele termina o namoro como um cachorro quente da esquina, e antes de pisar em terra firme, já quer fazer planos com a minha companhia e me assusta, me afasta rapidamente. O cara que me conhece há anos, tem os mesmos amigos e só reparou em mim agora. O ex namorado que me fez sofrer e agora tenta ser meu amigo. O irmão da minha amiga, que era bonito quando eu frequentava sua casa e agora que se tornou um cara sem graça, olha pra mim com outros olhos. O bombado narcisista que passa o dia na academia, enche o orkut de fotos sem camisa, nunca tira o boné e garante que quer ser médico.

Tem o cara mais velho, experiente e interessante. Cheio de frases bonitas e teorias prontas que com certeza, deixaria maior parte das mulheres loucas. E o mais surpreendente: Ele é realmente para casar. Não pensa em noites perdidas e pessoas vazias, só entra de cabeça no que promete futuro. E o cara que sempre esteve me sondando? De família, com emprego fixo, carro do ano, vinte e poucos anos e querendo investir em mim. Bom de papo e dizem as más linguas, que de cama também. Me enche de declarações e não desiste de mim, mesmo depois de conhecer o meu pior. Tem o cara das pernas malhadas, o que vem cheio de boas referências dos amigos em comum, o tatuado que faz cinema, o que não sabe falar da vida e deixa claro seu interesse momentâneo, o que me pagou um milho e achou que eu daria meu coração como troco, o que era acompanhava minha amiga e não respeitou (nem entendeu) a minha rejeição, o ex namorado que nunca me superou e um velho amigo que acha que me provoca alguma coisa quando lembra das nossas picuinhas do passado.

Eu tenho milhões de caras interessantes. Caras que poderiam marcar a vida de inúmeras mulheres solitárias por aí, mas eles não entendem e ainda perdem tempo comigo. Ainda não compreendo porque bato palmas (de pé) para quem vale a pena, mas só entrego meu coração para o incerto. Eu gosto mesmo é das suas mãos pequenas e inchadas, e sorrio toda vez que você diz que elas só são gordinhas assim por causa da bebida. Não troco sua ausência. Não consigo te odiar nem quando você diz que está com sono, mesmo depois de eu ter feito loucuras só para estar do seu lado. Gosto da maneira como você brinca com o que seria vulgar ou poderia machucar vindo da boca de outra pessoa. Gosto como você desperta o meu romantismo, o frio na barriga e a esperança. Mas odeio seus sumiços, os passatempos que você conhece onde anda, o quanto você me deixa louca de saudade, o jeitinho manso que você desperta minhas melhores qualidades e os piores defeitos, que sempre manti em cativeiro e achava ter total controle.

Eu amo seus beijos, odeio sua desconfiança. Eu amo seu carinho, odeio nossa distância. Eu amo o jeito que você me olha, odeio depender de você. Eu amo os seus ciúmes e cuidados, odeio não ser a única a recebe-los. Eu amo seus abraços aleatórios, odeio quando você me faz chorar. Eu amo quando meu cabelo enrosca na sua barba, odeio quando seu sumiço afeta toda a minha vida, inclusive o meu humor. Eu amo quando você me segura pela mão para eu não cair, quando eu não enxergo onde piso, odeio o fato de você não gostar de planos. Eu amo o seu romantismo fora de hora, odeio como esqueço de todas as brigas quando você diz que quer me ver. Eu amo você. I love everything about you that hurts.

quinta-feira, 24 de junho de 2010




Eu sempre tive medo do minuto depois que você vai embora. Do minuto depois que escuto a porta da sala batendo e meu coração sente vontade de sair correndo atrás de você, de tão rápido que cisma em bater. Você chegou quando eu mais precisava de carinho. Me deu a mão, disse um monte de coisa sem sentido e me fez sorrir quando eu já não sabia mais o que isso significava. Desde então, fiz dos seus braços, um refúgio. Eu não queria me apaixonar, me envolver e sequer esperava conhecer alguém aquele dia. Eu não esperava nada e você foi tudo de mais simples e confuso que eu experimentei. Me apeguei, me enrosquei e fiz o possível pra você ser meu. Eu gosto dos seus beijos, dos seus carinhos, dos seus sorrisos. Gosto da maneira de como você me amassa, me descabela, me desorienta e eu nem tento me conter. Gosto de como você tira meus freios aos poucos e eu não sinto dor ou medo do seu lado. Mas odeio quando você some depois de uma declaração, permanece com o cheiro de outras mulheres e me deixa com a sensação de não passou de uma noite qualquer. Odeio quando você desperta ineguranças que eu nunca tive e mente mesmo quando sei a verdade.

Posso te contar um segredo? Um não, um monte. Eu tenho medo de ser feliz demais, mas ser sozinha. Por isso, preciso constantemente que você prove o quando gosta de mim. Não quero mensagens, ligações, declarações e chocolates, quando só o seu corpo pode suprir toda essa solidão enorme. Eu não quero ser fiel à você, te amar e cometer loucuras. Sozinha, não. Eu te quero por inteiro e se você não estiver disposto a enlouquecer e ser meu, sem vírgulas ou observações, pode ir. Corre pros braços dela. Eu engulo meus ciúmes, minha ânsia de viver e escondo a minha dor em baixo de qualquer tapete velho. Esqueço suas mãos, seus toques e as manias que criei depois que te conheci. Não é tão difícil. Já doeu mais, já me machuquei várias vezes e sempre consegui levantar. Por mais que demore, eu sempre consigo.


O amor não pede razão, preferência e sequer se trata de uma questão de multipla escolha. Eu repito isso todas as noites, enquanto finjo não esperar uma ligação sua. E penso que se você fosse realmente prevísivel, eu não daria a mínima. Mas tudo bem, é sempre assim. Você aparece, me coloca no colo e me enche dos melhores sentimentos que eu já conheci. Me faz querer entregar minha vida nas suas mãos. Me faz querer amar de novo. Aceito suas imperfeições como uma mãe aceita os defeitos de um filho. Te entrego minha alma, minha vida, meu corpo, meu sobrenome, com a esperança de você me ensinar como se vive de verdade e me proteger de todo o resto. No fundo, eu só quero que você me peça pra ficar.


Não, eu não estou abrindo mão do nosso plural por drama, muito menos por falta de amor. Não faz essa cara, não fala essas coisas. Sempre me machucam demais e eu não quero deixar meu orgulho de lado novamente, só pra te ver feliz. E é sempre assim.. vivo me cobrando todos os princípios e opiniões formadas que tenho que ter na ponta da língua, como forma de proteção, pra não parecer submissa ou mulherzinha demais. Mas você vem, arruma a mecha desobediente da minha franja e desarruma o meu vestido. Me diz mil frases, eu só presto atenção em dez palavras e mesmo assim, você parece ter razão. Eu sei viver sem ter você, sei sentir desejo por outras pessoas (mesmo que não saia do pensamento) e não me enfiei em nenhum caminho sem volta desde que te conheci, mas quando você passa, deixa o ar com cheiro de segurança e me faz pensar em coisas bonitas que fazia tempo que eu não pensava. E eu me pego confessando, no escuro, que não quero ter razão, freios e limites. Quero dar um nome, uma vida, um amor. Eu só quero ter você.

sábado, 19 de junho de 2010




Hoje eu acordei cansada da fantasia. Quis dar um soco em todo o meu romantismo, com a esperança de ele revidar toda a dor com lágrimas. Eu tentei chorar, comer um chocolate, achar uma teoria e até pensei em me envolver com outras pessoas. E todas as vezes, me perguntei: Por que? Sejamos sinceros para não sermos idiotas! Do que adianta eu seguir minha vida, me encher de amores vazios e matar o tempo com drinks baratos? Ele é o melhor do mundo, mas não é meu. Sabe me fazer dar boas risadas e faz futuro com todos os detalhes que nos cercam. Todo pisciano é uma boa companhia. De perto ou de longe, ele vai te render bons momentos.

Ele tem tudo que uma mulher pode querer. É gentil, carinhoso, bagunça meu cabelo em um piscar de olhos, tem as mãos mais bonitas de todas e me enche de chocolates. Mas é nessa hora que me pergunto: Quando a exclusividade é importante? Enquanto eu quero deitar na cama dele em silêncio, sussurrar declarações no meio da noite, contar meus segredos, assumir meus medos e meias encardidas, e fazer questão de mostrar como todo o resto fica desinteressante quando ele não está perto, ele simplesmente sorri, diz que eu sou linda e que me ama. Eu sei, é o que toda mulher quer. Eu não reclamo do que ele me oferece. Reclamo do quanto, porque não é o suficiente.

Ele não me deu o primeiro abraço quando passei no vestibular, não esteve comigo na minha formatura, não conheceu minha família, não é louco por literatura, não sabe meu nome todo, não chega na hora certa e sequer sabe do medo enorme que tenho da vida. Mas me surpreende, me acorda com uma ligação só pra dizer o quanto é apaixonado por mim, me fez gostar de beijo longo, me faz sentir uma saudade que nunca senti antes, me faz cometer loucuras e deixa o perfume marcado na minha pele facilmente.

Existe egoísmo maior do que querer que uma pessoa seja só sua, quando você é de todos? Eu sei que o que você ofereceu foi o suficiente para me fazer uma pessoa mais feliz. Sempre coube exatamente no meu colo e nos meus braços. Mas na minha vida não. Você sempre pareceu um número maior e nem por isso, desisti. Já que nada dá certo na primeira tentativa, por que não investir? E você veio com cara de menino carente, me dizendo uma dúzia de coisas que me fizeram sorrir durante uma semana, me tratando como a melhor mulher do mundo e dizendo Te amo quando eu menos espero. E eu fiquei parada. Não sabia se corria pra você ou de você. Depois de carregar um coração cheio de marcas do passado, nunca soube exatamente quando conseguiria arriscar de novo. E eu surpreendi todo mundo. Te dei a mão, perdi a noção das horas, dos dias, do meu juízo. Seja esperto, não me perca. Eu não estou nas suas mãos e posso muito bem me virar sozinha. Eu desarrumo o tabuleiro, chuto as peças e ignoro a dança dos erros. Eu decido a hora que o jogo termina.

sábado, 12 de junho de 2010



Eu corro pra tomar uma dose de realidade, só pra não aumentar o tamanho do seu charme e da ilusão da minha importância na sua vida. Só pra não ficar fantasiando um monte de coisas que amanhã ou depois vão me ferir. E me esfrego no banho, até sentir dor. Até desviar meu pensamento de dores antigas e concluir, mais uma vez, que não existe dor maior do que a de um coração partido. Faço o diabo a quatro pra não me apaixonar por você. Ando em linha reta, me encho de notas mentais e faço de tudo para não lembrar (muito) das suas melhores qualidades.

E de nada adianta. Meu corpo me sabota. Sinto saudade do seu cheiro, da sua respiração na minha nuca, da sua facilidade em bagunçar meu cabelo. Faço questão de lembrar o quanto gosto das suas mãos, do seu queixo, das suas implicâncias. Tenho vontade de morder você todinho e te chamar de meu, mas tenho que me controlar. E finjo que sou dessas mulheres modernas que tem romances com prazo de validade, por isso, não sentem as ausências e as constantes despedidas. Mas confesso que finjo muito mal. Nasci na época errada e minha transparência faz questão de invadir todos os lugares que estou e me surpreender com um tapa estalado.

Eu canso da solidão, mas sinto repulsa só de pensar em ceder o lugar vazio para mais uma dessas pessoas não dão a mínima para o amor. Eu quero café da manhã na cama, casar na igreja, fidelidade, sexo matinal, luz apagada, naturalidade, confiança. E eu quero você. Meio torto, despreocupado e distraído. Você acaba com todos os meus planos e me deixa insegura com tanta desordem. Você não se importa com datas, não chega na hora certa e sequer me garante exclusividade. Desaparece, me deixa louca e faz com que eu me convença de que não há mais nada entre nós. Mas surge no dia seguinte, com mil cartas na manga, me fazendo esquecer todas as promessas que me fiz na noite passada. E é com esse jeito meio torto, meio canalha, meio perigoso que eu me pego apaixonada pelos seus defeitos. Louca por tudo que eu tenho vontade de criticar e fazer as malas para abandonar sua casa e sua vida.

Não me contento com o pouco que você me oferece e tenho vontade de jogar tudo para o alto quando paro pra pensar nas chances mínimas de darmos um nome para às nossas mãos dadas e corações aflitos. Enquanto eu quero me entregar sem freios e me apaixonar sem medidas. E eu choro e sofro e grito e repudio quem tenta me aconselhar. Por que no final do dia, eu sempre acabo da mesma forma.. Em silêncio, deitada na sua cama, examinando cada detalhe do seu rosto com as mãos. O mundo poderia acabar à qualquer momento que eu sequer sentiria dor.

sábado, 5 de junho de 2010



Eu passo por ele, ele passa por mim e sequer precisamos dizer alguma coisa. Parece que todo o meu corpo congela e apenas o meu coração continua brigando para não parar também. Cada vez mais rápido, cada vez mais alto. Os segundos parecem uma eternidade e consigo, facilmente, ignorar todo o resto ao nosso redor. Percebo que a intensidade que deposito em nós é tão grande, que até esqueço de respirar quando me aproximo de você. Esqueço de respirar, de resistir.

Eu não faço ideia de como chamar a mistura de sentimentos que ele causa dentro de mim. E me pego jogando todos os livros de autoajuda e suas teorias no lixo, e me encho de notas mentais para não abrir mão de todo o meu lado racional. Não é só amor. É tesão, pele, carinho, liberdade, carência, celulares desligados, vidas deixadas de lado. Ele me liberta de algemas que levei a vida inteira colocando. E torna o mundo tão simples, que eu acabo precisando de um manual para deixar de ser tão complicada. Ele se aproxima rapidamente. Me pega no colo e eu perco toda a forma e o juízo. Deixo ele me moldar o quanto quiser, para caber exatamente no seu colo e na sua vida. Perco as rédeas, o equilíbrio, o controle e o interesse por todos os corpos que não sejam o dele. E depois do êxtase, ele me liga no dia seguinte só pra dizer que me adora, afastando qualquer culpa ou arrependimento.

Será que alguém pode contar pra ele que isso vicia? Mal começou e já me pego segurando na barra da sua calça feito uma criança perdida, transbordando de esperança. Já me encho de ilusões e crio planos que nunca vão dar certo, mas e daí? Antes de beijar aquele desconhecido, minha vida sequer tinha um sentido. Não é só amor. É apego, saudade, ciúme. O resto parece desinteressante e sem cor. Talvez eu tenha quebrado as regras e perdido todo o meu juízo quando resolvi me entregar de corpo e alma para um desconhecido charmoso, mas o amanhã não me importa. As mãos dadas, os toques, as declarações no meio da noite e os pequenos detalhes fazem com que todos os riscos valham a pena. Não é só amor. É mais do que isso.