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sexta-feira, 7 de outubro de 2011




Não basta o cara acabar com a minha vontade (mínima) de viver, destruir meus sonhos infantis e me fazer perder o interesse em gostar de pessoas novas. Não basta ele colocar minha vida de cabeça pra baixo. Não, ele tinha que acabar com a minha vontade de escrever, não só sobre ele, mas sobre todos os outros. Não basta ser egocêntrico (e lindo), acomodado (e romântico) e galinha (e ter a melhor presença do mundo), o cara quer me perturbar até quando não se aproxima. De onde surgiu isso, Deus? Cadê o manual de instruções? Eu só queria ser feliz, cara. Ok, eu sei que errei em ter dado toda essa responsabilidade nas suas mãos, mas o que eu vou fazer agora? Não, nem vem, já cansei de chorar, procurar saber como aquela história de amarração funciona e até mesmo, dispensei chances incríveis com medo de você voltar de repente e me encontrar ocupada.


Agora chega. Eu ainda te amo e é por isso que estou te deixando seguir. Sabe aquela história de que você pode ter muitas fulaninhas na sua vida, mas é comigo que você vai casar? Já nem sei se acredito mais. Te vejo atualizando as redes sociais com mil fotos sem sentido, rodeado de gente que eu nunca seria amiga (e que muito menos, gostaria que frequentasse a minha casa) e álcool. Você é incrível, mas está com as pessoas erradas. Se um dia quiser mudar de vida, se um dia você cansar de toda essa baboseira dos seus amigos que se acham eternamente pré-adolescentes, eu vou estar aqui. Pode ser tarde demais pra você cansar das suas fulaninhas e me procurar, já vou avisando. Parei de reservar o seu lugar do meu lado, não aceito mais cheque nem cartão. Só dinheiro vivo. Só assim pra acreditar que tem alguma chance de você aparecer aqui.


Vai aparecer? ótimo, não nego que vou criar esperanças, correr pro salão, shopping, depilação e tudo mais. Sempre vou querer estar impecável pra você, não tem jeito. Vai sumir de novo? Tudo bem, eu sobrevivo, você sempre me machuca pra sempre e no dia seguinte, eu continuo viva, mesmo aos pedaços. Aprendi a viver assim, vou fazer o que? No final das contas, descubro que tudo que me irrita em você, faz parte do meu dia a dia. Somos igualzinhos. E é por essas e outras que, as vezes, acho que é mais saudável você ficar com as suas fulaninhas. Elas podem ser inteligentes, bonitas e ter empregos incríveis, mas quem parar pra analisar vai ver que (sem querer?) elas serão sempre loiras inseguras que fazem medicina. É disso que você gosta, é isso que eu sou. Por isso, to aqui. Ainda quero te beijar, abraçar, conversar e até passar noites ao seu lado, mas não quero isso pra sempre. Quero te curtir enquanto eu me curto, porque no final das contas… somos igualzinhos e esse nosso narcisismo cansa uma hora ou outra.

1 comentários:

Brunno Lopez disse...

Alguém aqui está transbordando honestidade e inundando os desavisados de muito sentimento e principalmente personalidade.

Ninguém pode julgar a reação dos que se dedicam a uma aventura amorosa. Certamente não podemos aceitar as celas de um relacionamento complicado, mas enquanto existirem chaves, devemos insistir em abrir a melhor das portas.

Nem tudo vira música quando apenas um descobre o amor correto, mas se pode dançar até que outros pares se formem.

Parabéns pela naturalidade.