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domingo, 28 de fevereiro de 2010




Eu confesso...

Com o tempo, aprendi a ser uma nova pessoa. Perdi toda a inocência linda de que eu tanto me gabava por aí. Adotei um olhar malicioso, contornado de preto, com o intuito de afastar todo o mal que me desejassem. Evitei todos os amores descartáveis que podiam ser encontrados em qualquer brisa que passasse na minha vida. Desejei quem não podia. Provoquei, provei e fui embora antes do dia amanhecer, sem ousar pra trás. Me apeguei a quem estava indo embora e cheguei a pensar em fazer as malas. Quis chorar até soluçar, e chorei. Quis ser fraca e falar do tamanho do medo que eu tenho da vida, mas me calei. Quis me apegar em qualquer carinho mais demorado e machuquei o outro com meus espinhos. Quis correr atrás de todos os meus sonhos, mas eles fugiram de mim, porque eu me comportei como uma menina mimada e perdi o caminho de volta pra casa. Quis até um desses romances incríveis que lotam álbuns de orkut e fechei os olhos pra realidade.

Quis que o Hoje durasse pra sempre, mas ele mal existiu. Quis bater de frente e colocar a cara a tapa, e deixei pro Amanhã que nunca chegou. Quis me matar e não me faltaram forças. Quis resistir a todo suposto sentimento de raiva que teimava em crescer e consegui transforma-lo em indiferença. Quis apenas viver bem e consegui ser feliz como nunca havia sido antes. Quis ser o errado, mas dei certo. Quis ir embora pra sempre e voltei no mesmo dia.

Tratei minhas dores como imortais e esqueci que o resto do mundo tem problemas muito maiores que os meus. Fui fiel e sincera com pessoas que sequer mereciam o meu desprezo, e não me arrependi em momento algum. Iludi pessoas sem perceber, por isso, perdi companhias incríveis. Fui hipócrita por diversas vezes, escondendo em um sorriso amarelo, todas as lágrimas revoltadas. Ajudei quem sequer se importou com meus sentimentos e não vejo peso maior do que esse para levarei pelo resto da vida. Já desconfiei das pessoas que mais amo na vida e me envergonhei no segundo seguinte. Me iludi com um beijo e me desapeguei por um palavra dita em um momento errado. Já quis ser feliz pra sempre e só depois de anos de tentativa, descobri que isso é um exercício diário, que com o tempo, nos leva a perfeição.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010



Por dar o meu melhor em casa pseudo-relacionamento, não canso de procurar alguém que faça o mesmo por mim. Mas no final das contas, percebo que comprei o tamanho errado ou emagreci e aquele já não é mais meu número há anos. E não canso de ser essa menina boba que não sabe escolher e acaba comprando só quem vem com aquelas letrinhas minúsculas dizendo: “Cuidado. O uso excessivo pode causar dependência”. E não deixa de ser verdade. Mas na hora de sair, apresentar pros amigos e até mesmo pra família, a novidade que você não enjoa nunca de elogiar e contar vantagem por aí, você descobre um defeito. Descobre um furo, uma linha querendo descosturar e o pior, descobre que cedeu demais, e já não te serve como antes.

O que fazer quando as coisas saem do controle? Não é tão simples sair e encontrar algo que te sirva tão bem assim. Tem que esperar o coração virar e a coleção nova chegar, na eterna esperança da novidade sem validade. Não quero ter que usar moletons, muito menos, viver com roupas antigas só pra passar o tempo, tendo sempre medo de me acomodar com a situação. Não quero me apegar a roupas passageiras, sem cara de futuro. Em compensação, detesto a sensação de perda. Quando nossos objetos ou pessoas preferidas se perdem por aí, é como se tivéssemos o próprio buraco da camada de ozônio dentro do peito.

Todos nós temos uma roupa preferida. Dessas por mais que não caiba ou não venha mais ao caso usar, guardamos com um carinho especial. Não damos, não emprestamos, muito menos, dividimos. São roupas, donas de um caimento especial e com o eterno cheiro de recém compradas. Mesmo depois de tantas lavagens, mesmo ficando poída entre as pernas, não deixa de ser a preferida.

http://www.youtube.com/watch?v=lpcritmrQVQ (Só avançar pro 4:20. Parte digna!)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010



Acho digno ser dessas mulheres que carregam consigo o Manual de mulheres bem-resolvidas. Invejo cada sorriso transbordando segurança, cada passo confiante que dão por aí, como se estivessem em uma propaganda de absorvente, sabe? São essas mulheres que prendem a minha atenção. Afinal, por ser uma pessoa extremamente curiosa, passou ser uma questão de honra, ter uma teoria que explique esses seres tão raros e invejáveis.

Vai dizer que nunca reparou? Estou certa de que é mentira! Com a veocidade que os homens analisam, as mulheres comentam. Elas podem não ser as mais bonitas, podem não estar vestindo os melhores vestidos da festa, mas chamam mais atenção que todas as outras. E aí? Aí que acaba virando um caso que só a ciência pode explicar.

Admiro, com todas as células do meu corpo, as mulheres que aprenderam a viver sozinhas. Não porque o destino quis ou porque o último relacionamento foi um fracasso, mas porque, elas sim, sabem viver de verdade, da maneira certa. Insistimos, damos atenção para uma carência criada apenas em nossa imaginação. Me diz: Pra que? Só pra viver num eterno masoquismo amoroso, procurando conforto e segurança em qualquer abraço disponível.

Acho angustiante a maneira de como, o passar dos anos, nos deixa mais sensíveis, mais emotivas. Quem não gosta de colo? De mãos dadas em uma noite chuvosa? De um beijo de esquimó totalmente (des)necessário? Quem disser que não gosta é porque ainda não descobriu os mistérios da conquista e ainda não aprendeu que, no final das contas, somos todas um bando de bobas choronas que nunca desiste de encontrar um amor pra vida toda. E o mais importante: Deixamos sempre que isso fique estampado em nossos olhos carentes de cachorro sem dono.

E talvez, a nossa transparência deva ser o nosso ponto fraco. E é aí que as mulheres dos manuais ganham a vez. Elas chegam sozinhas, mas agem como se estivessem sendo seguidas com multidões calorosas que são encarregadas de massagear sua confiança e segurança. E por incrível que pareça, não é só fachada. Elas esbanjam uma mistura de sei-lá-o-que digna de aplausos. Será que, no final das contas, esse é o segredo? Exercitar a autoconfiança para nos transformarmos uma espécie de imã que só atrai tudo de positivo? Torço absurdos para que na prática, a teoria caia como uma luva e venha com manual de instruções, por favor!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010



E aí tenho preguiça do que não mexe com todas as células do meu corpo, de quem não brinca com a adrenalina, porque quando não é assim, pra que sair do comodismo? Eu tenho repulsa por tudo que pareça mecânico e tenha cheiro de passageiro. Claro que tenho futuros breves, mas quando se trata do meu coração, futuros breves não passam de uma coceguinha temporária, que quando passa o efeito, deixa a impressão de uma solidão ainda maior do que antes.

Só me envolvo quando sinto cheiro de futuro. Mas ainda estou apurando meu olfato, enquanto isso, minhas esperanças morrem lentamente com uma espécie de vírus desconhecido, sem cura. Mas nem com essas e outras, consigo deixar de levar o amor a sério. Com o passar dos anos, fui me descobrindo uma eterna romântica enrustida. Não sei ignorar véu e grinalda se não for na igreja. Nada daqueles sonhos que todo mundo tem com 15 anos: Casar na praia, tomar um porre e parar numa ilha deserta. E o relógio biológico torna-se cada vez mais insistente! Planejo filhos, nomes e tudo que eles possam aprender comigo.

Se pudesse dar um conselho para todos os corações partidos (ou até mesmo pros inteiros que ainda podem se quebrar) seria: Não acreditem nesses contos de fadas ou revistas femininas que insistem que todos nós só temos um amor. Sempre vai existir uma saudade diferente de cada pessoa que passou pela nossa vida. Sempre vamos ser capazes de amar de novo e de inúmeras maneiras inusitadas. Como Marilyn Monroe dizia: "Os homens que pensam que uma mulher com um passado amoroso diminui o seu amor por eles, geralmente são estúpidos e fracos. Uma mulher pode trazer um novo amor a cada homem que ama, desde que não existam muitos. "

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010



Assim que deitei na cama, me bateu uma vontade fora do normal de chorar e eu sequer tinha um motivo em mente. Não fazia ideia do que me angustiava então.. Chorei pela TPM que passou, pelo sorvete que acabou bem na hora que eu queria tomar, pelos amores perdidos e quem sabe, até pela fome do mundo. Todo o meu corpo doía. Eu tinha sono, mas não conseguia dormir. Quando parei de não pensar em nada, quando resolvi tumultuar minha mente vazia, fez até eco. E senti uma solidão danada, sabe? Daquele tipo que você fica desorientada e ninguém entende nada. Afinal, estou sempre rodeada por pessoas incríveis, por que diabos um bicho desses me morde?

Já falei do quanto tenho medo de depressão? As pessoas sempre são lembradas por olheiras, remédios, pessimismo e eterno desconforto. Tenho vergonha de parecer triste demais, infeliz demais, por isso, vivo me fechando numa eterna bolha. Onde vivo de maneira amigável com os meus pensamentos. Tenho medo da vida. Tenho medo de ser feliz demais e não saber lidar com tantos sorrisos. Tenho medo do primeiro beijo e da dor, que não é a primeira, mas pode ser mais dolorosa do que a última vez. Medo da empolgação exagerada com a novidade. Medo do fim da empolgação que eu vou achar que era amor e por isso, vou me doar mais o que o necessário.

Não dou a mínima por não pertencer a ninguém, mas não vejo à hora de encontrar um cobertor de orelha fixo, desses que faz com que pareça que lugar nenhum do mundo é igual ao abraço daquela pessoa. O tipo de abraço que mantem a gente protegida como uma criança indefesa, sabe?

Tenho saudade de cada beijo sincero, sem pressa pra nada, que só é trocado por mãos quentes que parecem estar no automático quando se tem um amor. Preciso falar o quanto ficamos radiantes e confiantes? Nossa pele fica mais bonita, nosso cabelo até parece colaborar mais. Tomamos banho sem pressa, cantamos no chuveiro, cuidamos mais da gente! E é nessas horas que me pergunto: Onde guardamos toda essa vontade de viver quando o amor acaba ou enquanto ele não chega?

Insistimos em ser apenas metade, como se precisássemos constantemente de alguém ao nosso lado. Acredito que seja óbvio que é impossível ser feliz sozinho, mas não devemos fazer disso uma necessidade. Não devemos nos considerar incompletos, culpados ou muito menos, pressionados por não acharmos o amor de nossas vidas. O dia de amanhã só é o mais inesperado por que não chegou ainda. O mistério que ele exala, que faz com que a gente se mantenha sempre atento ao novo e siga em frente.