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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010



Eu sempre tive medo da maneira absurda de carinho que quis te dar. Tive medo de gostar mais ainda de você e tornar o que podia ser um simples vento na minha vida, uma dependência. Evitei que você olhasse demais nos meus olhos e descobrisse todos os segredos que escondia, temi cada vez que você insistia em me envolver como se eu fosse uma criança precisando de proteção e fugi do meu coração todas as vezes que ele insistia em nós dois. Assumo que foi por medo. Medo de fazer de você o meu mundo. Medo do amor enorme que sempre quis te dar, mas não sabia nem por onde começar. Medo de ser feliz demais, mas ser sozinha. Quem me garantia que eu não seria apenas mais uma menina boba que você está só pra passar o tempo?

Desde que você apareceu na minha vida pacífica e confusa, procurei me convencer todos os dias de que não gostava de você. Não gosto, não gosto, não gosto! E você acha que adiantou? Até hoje, quando mais me esforço para não pensar em você, mais penso. Meu coração passou a me sabotar, fazendo com que meu sentimento puro não se transformasse, em momento nenhum, em ódio. Enquanto eu lembrava do quanto chorei e me machuquei, ele tratava de mostrar o seu rosto nos meus sonhos. Como se qualquer dor pudesse ser esquecida ou ignorada quando você voltasse pro meu lado. É, quando você voltar. Acredita que ainda penso nisso de vez em quando? Imagino coisas que podem acontecer e sorrio como se você fosse aparecer daqui a 5 minutos na porta da minha casa, com uma caixa de bis branco. É, pode rir agora. Curioso como não podemos (ou não evitamos) controlar esse tipo de pensamento doentio, não é?

Agora é raro. Quase não penso mais em você, quase nem sinto mais você dentro de mim como antes. E sabe o que é engraçado? Mesmo assim, ainda não consigo ser indiferente. Eu ando, sorrio e até sei me entregar a outras pessoas de vez em quando, mas no final do dia, dou um valor incrivelmente absurdo a solidão. Faço questão de me encher de outras prioridades e esperar o dia de amanhã resolver todos os meus pequenos medos que já nem me incomodam mais. E eu poderia passar horas falando sobre você sem, ao menos, mover um músculo, mas tremo com a possibilidade de te ver por aí em outros braços ou em algum sorriso conhecido. Me traio todas as vezes que insisto em escrever sobre outros assuntos e acabo escrevendo páginas e mais páginas sobre você. E descubro que não dá pra fugir do que me faz suar frio num piscar de olhos. Vejo que a melhor saída nada mais é do que manter a cabeça cheia e o coração desocupado.

4 comentários:

- JÉSSICA LOUREIRO; disse...

Quando tento escrever outra coisa sem ser pra ti, ou por ti acabo usando talvez palavras mal encaixadas que se tornam um texto sem sentido, ou sem graça.

Você ficou bastante tempo sem postar, confesso que fiquei com saudades dos seus textos.
Acho incrível a forma que você constrói seus textos, como você diz é um dom! e quem sabe, sabe.

beeeeijos, e sucesoo :*

Camila Scot disse...

nada de coração desocupado .. é a paixão qe move o mundo . e tenho dito !

acho qe ta na hora de você viver novas emoções , se entregar sem medo .. dar chances pra você e para as pessoas .
acredito qe vc esteja melhor , mas no fundo ainda existe muita coisa qe nao ta bem mesmo qe voce diga o contrario , mesmo com essa distancia entre nós .

to aqi pra você . adoro seus textos.
beeijos linda :*

Gabriela S. * disse...

Por medo deixamos muitas coisas de lado,adorei a postagem.Devemos seguir em frente,viver a vida e deixar o tempo passar.É hora de novas experiências.
Parabéns o blog ta lindo.Beijos.

Camila Sato disse...

que texto bonito *-*